CAMINHADA DA SECA
Foto: Pe. João Paulo
A exemplo das romarias que ocorrem em Juazeiro, da cavalgada que ocorre em São José do Belmonte (PE), das visitas a Caldeirão no Crato (CE), todo mês de novembro ocorre a caminhada da seca em Senador Pompeu (CE), em memória aos mortos do Campo de Concentração da Barragem do Patu, na Seca de 1932.
Em homenagem aos milhares de mortos e a seus descendentes escrevi a poesia que segue:
Ao rés, ao rés, ao rés, ao rés do chão...
dois pés... três pés... quatro pés...
ao rés, ao rés, ao rés do chão
Dez pés, cem pés, mil pés...
pés ... pés... incontáveis pés...
ao rés do chão....
uma rede... um corpo.... passos arquejantes
subindo a ladeira
rumo ao cemitério
que se aproxima dos pés no chão
É o décimo... não..... o vigésimo!
não... é mais ... é mais...
o valado está cheio
cheio de corpos
alimentos do chão... !!!
Num faz diferença
o ontem, o anteontem...
O hoje, o amanhã
a sempre realidade do sertão........
dois pés... três pés... quatro pés...
ao rés, ao rés, ao rés do chão
Dez pés, cem pés, mil pés...
pés ... pés... incontáveis pés...
ao rés do chão....
uma rede... um corpo.... passos arquejantes
subindo a ladeira
rumo ao cemitério
que se aproxima dos pés no chão
É o décimo... não..... o vigésimo!
não... é mais ... é mais...
o valado está cheio
cheio de corpos
alimentos do chão... !!!
Num faz diferença
o ontem, o anteontem...
O hoje, o amanhã
a sempre realidade do sertão........
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