SERVIDORES MUNICIPAIS DE ITAREMA DEBATEM EM AUDIÊNCIA PÚBLICA A VOLTA DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL PARA O INSS - DECIDIRÃO EM BREVE SE FEDERALIZAM OU NÃO A PREVIDÊNCIA!
Centenas de servidores lotaram o ginásio em Itarema - Debatendo a federalização da previdência Fotos: Mara Paula -Valdecy Alves |
UM DEBATE PROVOCADO PELO SINDICATO DOS SERVIDORES DEPOIS DE DENUNCIAR A SITUAÇÃO DO REGIME PRÓPRIO AO MINISTÉRIO PÚBLICO: No ano de 2015, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itarema (SINDITA) denunciou o Regime Próprio de Previdência de Itarema ao Ministério Público. Tudo por conta do rombo atuarial, da falta de transparência e de sérios indícios de má-gestão. APÓS AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO MEDIADA PELA PROMOTORA DO MUNICÍPIO DRA. MAYARA MENEZES - MUNICÍPIO E SINDICATO CONCORDARAM EM REALIZAR AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER E DEPOIS DECIDIR SE MANTERÃO A PREVIDÊNCIA MUNICIPALIZADA OU SE VOLTAM PARA O INSS - Federalizando o regime de previdência. O Município se fez presente com 03 advogados, todos os secretários, presidente do RPPS de Itarema e o representante da Arima, Túlio. Presente em apoio ao Sindita o Sindsep Paraipaba, representando por sua presidente Val Pires. Representando o Sindicato de Itarema o seu presidente Edjalma, Júnior e a assessoria jurídica. Dra. Mara Paula e Dr.Valdecy Alves. Coube ao Município falar primeiro, através de apresentação de números pelo Secretário de Administração e presidente do RPPS, Max, filho do prefeito, seguido pelo representante da Arima. Pelo Sindicato, debateu o Dr. Valdecy Alves. Depois houve perguntas e respostas pelos servidores. A audiência durou cerca de 2 horas. Centenas e centenas de servidores se fizeram presentes. UM MOMENTO ONDE PELA PRIMEIRA VEZ SE GARANTIU O ACESSO A DADOS DO RPPS E O SERVIDOR DECIDIRÁ, JÁ QUE O FUNDO DE PREVIDÊNCIA PERTENCE AO SERVIDOR, SE VOLTARÁ PARA O INSS.
Sindita e a presença da Val - Presidente do Sindsep Paraipaba - ao fundo representante da Arima |
DA FALTA DE SEGURANÇA PREVIDENCIÁRIA E DA CONCLUSÃO: O Sindicato deixou bem claro através dos seus representantes: NÃO SE DISCUTIA O MELHOR REGIME DE PREVIDÊNCIA SE REGIME PRÓPRIO OU SE REGIME GERAL, MAS QUAL O MAIS SEGURO PARA O SERVIDOR. CAPAZ DE NO FUTURO GARANTIR O PAGAMENTO SEM FALTA DE SUA APOSENTADORIA??? Importante salientar que a adoção de regime próprio não é obrigatório para os municípios, como alega a Arima. Que dos municípios brasileiro, cerca de 5.560 município, mais de 3.500 municípios não adotaram o regime próprio de previdência; Os 27 estados brasileiros adotaram o regime próprio de previdência, e o rombo atuarial de todos eles chega a R$ 2 trilhões e 400 bilhões de reais. Cerca de 44% do PIB do Brasil. O que demonstra que a má-gestão dos regimes próprios está generalizada. O que pode ser lido em matéria no jornal O Globo, link adiante:
http://oglobo.globo.com/economia/previdencia-dos-estados-tem-rombo-de-24-trilhoes-18720487
QUEM PAGA A CONTA DOS ROMBOS SEMPRE? CLARO QUE O SERVIDOR. Importante destacar que a maioria dos servidores de Itarema recebem o salário mínimo, pagando 11% de previdência do seu salário, quando servidores filiados ao INSS, que ganham o salário mínimo, pagam apenas 8% de alíquota previdenciária. Que a maioria dos professores pagariam no máximo 9% de contribuição previdenciária sobre sua remuneração, enquanto no regime próprio, caso de Itarema, paga 11% de previdência sobre o que ganha. Percebe-se outro absurdo, que o servidor que ganha só o mínimo, paga a mesma taxa de contribuição dos que ganham mais. Cabendo ao servidor pagar ainda as despesas do fundo municipal de previdência, como advogados, médicos, alugueis, etc. Atualmente 135 municípios do Ceará estão sendo investigados por corrupção, que existem gestores que se apropriam das verbas públicas sem o menor pudor, numa conduta nada republicana. Atualmente os regimes próprios de Redenção, Quixadá, Quixeramobim... não têm um tostão na conta corrente. SEM EQUILÍBRIO FINANCEIRO E COM GRAVE ROMBO ATUARIAL PERENE E SEM SOLUÇÃO A CURTO PRAZO. Sem dúvida que o regime próprio de previdência social.... não é seguro para o servidor. O regime geral, regido pelo INSS, acaba sendo mais seguro. Em breve o Sindicato dos Servidores realizará assembleia quando o servidor decidirá pela manutenção do regime próprio ou pela federalização da previdência.
A QUAL REGIME VOCÊ PREFERE SER FILIADO??? AO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - GERIDO PELO INSS (federal) - OU AO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DO SEU ESTADO OU DO MUNICÍPIO??? QUAL O MAIS SEGURO PARA O TRABALHADOR? VOCÊ CONFIA NOS PREFEITOS COMO GESTORES? O SEU DIREITO À VIDA ESTARÁ GARANTIDO POR QUAL REGIME DE PREVIDÊNCIA??? Leia e comente. VEJA ABAIXO TABELA, COM AS PRINCIPAIS VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL:
V A N T A G E N S
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D E S V A
N T A G E N S
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Aposentadoria por
idade exige apenas 10 anos de contribuição e a idade.
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Falta de Fiscalização dos órgãos
responsáveis ou fiscalização ineficaz (TCM – Ministério da Previdência) –
Falta de transparência
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Não há teto para o valor do
benefício dos concursados antigos
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Faltam Informações e simulação sobre
benefícios requeridos no setor de atendimento
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Possibilidades de auditorias
federais
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Não há acesso aos extratos de contribuição
individualizados - Contabilidade sem transparência – fechada - nebulosa
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Não há carência para concessão de auxílio doença e aposentadoria por
invalidez
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Dificuldade de afastamento do servidor
enquanto aguarda aposentadoria e continuar na folha de pagamento dos ativos,
o que é ilegal.
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Proximidade do atuário e do
Conselho Fiscal
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Pagamento indevido de previdência quando o
servidor já cumpriu os requisitos para aposentadoria e ainda continuar
trabalhando
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Não há fator previdenciário
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Concessão de benefício não
retroativo à data protocolo – demora para concessão de benefício
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Possibilidade de paridade para os servidores mais antigos
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Confusão entre ato e homologação e de
concessão de aposentadoria- Burocracia Município e TCM
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Possibilidade de
integralidade para servidores mais antigos
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Falta controle de extinção de benefícios
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Falta de informatização do RPPS – total
falta de acesso do segurado a informações
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Gestores desqualificados e escolhidos por
critérios pessoais ou políticos
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Falta de democratização dos demonstrativos
atuariais e falta de socialização da solução dos problemas pelos gestores
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Politicagem da perícia médica
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Deficit´s atuarias como regra e em muitos Municípios
déficit’s financeiros
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Desequilíbrio entre ativos x inativos por
excesso de contratados
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Técnica atuarial voltada não para
viabilizar os RPPS mas para maquiar déficit´s
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Mau atendimento aos servidores
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Alíquota bem maior para o segurado - igual
a 11% e menor ainda para o Município
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Falta de formação para os conselheiros
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Falta de prestação de contas dos
investimentos e seus rendimentos
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Falta de prestação de contas da taxa
administrativa de 2% - pagar para ser mal gerido
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Competência da Justiça Estadual lenta e
ineficaz quanto a julgamentos envolvendo o RPPS-Comarcas com juiz emprestado
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Ministério Público Estadual com poucos
promotores e sem treinamento adequado para complexidade do tema no momento de
fiscalizar, controlar e denunciar
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Criado para diminuir pagamento de encargos
sociais – servidor visto como despesa – como forma de fabricar receitas
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Não atualização e defasagem do poder de
compra do valor dos benefícios – redução do benefício ao longo do tempo
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Empréstimos disfarçados por parcelamentos
e reparcelamentos eternos – papeis em caixa em vez de dinheiro – projetos de
leis sem valores
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Adoção de regime financeiro de
capitalização
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Lei 9.717/98 incompleta quanto à
fiscalização e tinha que prevê só poder mudar regime de previdência se a
categoria aprovasse em plebiscito
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Possibilidade de cobertura limitada das
contingências- Recursos limitados
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O RPPS não têm autonomia para cobrar
dívidas do Município – nem denunciar ao Ministério Público. Seu presidente da
confiança do prefeito.
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Meio Salário mínimo x aposentadoria
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Probição de aposentar-se e continuar
trabalhando para cargos não cumuláveis
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Inativos e pensionistas pagam previdência
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Uso político do RPPS, sobretudo no período
eleitoral
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Vulnerabilidade à corrupção
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RPPS tratado como departamento da
prefeitura
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Ineficiência das Câmaras municipais em
fiscalizar e muitas vezes cumplicidade
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Benefícios previdenciários de professores afastados
para aposentar se pagos com recursos do FUNDEB
Elaboração: Dr. Valdecy
Alves
E mail: Valdecyc_alves@yahoo.com.br
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