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O auditório do Dnocs ficou lotado - mesmo colocando cadeiras extras - pessoas sentaram no chão
Fotos: Mara Paula - Atma Gita - Valdecy Alves |
O
DOCUMENTÁRIO É OBRA INDEPENDENTE E AUTORAL:
O Documentário dirigido por Valdecy Alves:
Campos de Concentração no Ceará - Auschwitz - Ração - Nazismo - Escravidão)
É obra autoral, financiada pelo próprio
autor, para que pudesse realizar a obra com autonomia e liberdade. Foram 06
anos de pesquisa, incluindo viagem ao Campo de Concentração de Auschwitz, na
Polônia, e a locais onde funcionaram campos de concentração nas secas do Ceará,
a saber: a) Seca de 1877/1879; b) Seca
de 1915 e Seca de 1932. Fotos inéditas do Campo de Concentração do Crato (Buriti),
Campo de Concentração do Patu (Senador Pompeu) e do Campo de Concentração do
Urubu, no Pirambu, em Fortaleza estão no documentário, que tem imagens também
inédita de Auschwitz, Polônia, local
também de holocausto e genocídio.
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Mara Paula apresentou o evento |
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Representante e diretor do Dnocs Roberto Otto deu as boas vindas ao público presente |
CAMPOS
DE CONCENTRAÇÃO DE HITLER E CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO DAS SECAS DO CEARÁ TÊM A
MESMA MATRIZ IDEOLÓGICA:
Euclides da Cunha abre sua obra “OS SERTÕES”, um dos maiores livros da
literatura brasileira, que narra a Guerra de Canudos, cidade fundada por
mestiços nordestinos, liderados pelo cearense Antonio Conselheiro, chamando os
nordestinos de sub-raça, prevendo que seria varrida do mapa por raças
superiores da Europa. Euclides da Cunha, republicano, que a exemplo dos
monarquistas, viam os nordestinos como raça inferior. Racista. Influência da
tese da eugenia e do darwinismo social, que previa que raças misturadas geram
uma espécie de mestiço degenerado. Assim eram vistos e assim foram tratados os
tidos como molambudos, famintos, flagelados, retirantes das secas do Nordeste,
que a exemplo de judeus, negros, gays e ciganos... eram tidos como raças
inferiores. Hitler com seus campos de concentração levou a tese da eugenia ao
extremo, com a eliminação de judeus. Eis a origem ideológica dos campos de
concentração nazistas e das secas do Ceará. Lembrando que Getúlio Vargas era
racista e defensor da eugenia.
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Professor Humberto Cunha foi um dos debatedores
Uma das maiores autoridades em direitos culturais do Brasil |
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Público atento ao documentário e ao final aplaudiu com muito entusiasmo |
APÓS
A EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO HOUVE DEBATE:
Após o documentário teve início o debate com o público. O debate foi mediado
por Ana Norões do Iprede, tendo como debatedores o professor e doutor em
direitos culturais e direitos humanos, Humberto Cunha, uma das maiores
autoridades em direitos culturais do Brasil; Evandro Bezerra, engenheiro
agrônomo, jornalista, que falou representando o DNOCS e Valdecy Alves, diretor
do documentário. O debate foi participativo e avaliou toda a história do campos
de concentração, políticas da secas, controle social, eugenia, enfraquecimento
do Dnocs, a relação dos campos do Ceará com os campos de concentração nazistas.
O que mais chamou atenção do público foi que tais fatos não constam nos livros
de história do Ceará. Houve cobertura da mídia na divulgação do evento e durante
o evento. Sem dúvida que importante parte da memória da história do Ceará, das
políticas do Brasil para secas, desde o império e durante a República, foram
resgatadas e um importante debate está lançado. O Estado brasileiro anda longe
ainda de ser o estado do bem-estar social, onde a dignidade humana e os direitos
mínimos garantidores do direito à vida, fundamentais, estão distantes de serem
resolvidos. O debate está lançado, só conhecendo verdadeiramente a história do
povo cearense e do povo brasileiro, será possível compreender o presente e
projetar um novo futuro, pois os erros de séculos têm-se repetido pelo Poder
Público desde o império. Hora de mudar o rumo da história do Brasil e da
história do convívio com as secas. Assim como a Europa nunca mais aceitará
campos de concentração, também no Brasil, no Ceará e no Nordeste, Campos de
Concentração: NUNCA MAIS!
ABAIXO MAIS FOTO DO LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO:
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Momento do debate da mesa com o público |
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Matéria do jornal Diário do Nordeste sobre o evento
Foto e texto - exceto o quadro com o nome outros olhares |
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Ana Norões - Da ONG Teia da Vida - Mediou o debate com o Público presente |
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Público presente atento |
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Uma platéia de alto nível e interessada no tema |
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Ana Norões - Da ONG Teia da Vida - abrindo o debate |
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Evandro Bezerra debatedor representando o Dncs e a Assecas |
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Professor Humberto Cunha falando sobre a memória - direitos humanos e direitos culturais |
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Poeta Geraldo Pereira da Costa - da Assecas - Declamando poesia sobre as secas para o público |
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Abertura com poesia do poeta Geraldo Pereira |
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Um público atento |
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Um público que buscava informações |
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Produção do lançamento do documentário
Alciene Araújo - Valdecy Alves - Mara Paula e Andressa Veríssimo |
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Produção de lançamento do documentário
Orion Zarathustra - Khayyam Perseu e Bruno |
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Membros do Dnocs que trabalharam em parceria com o diretor do documentário
Anézia - Ilmaci - Eduardo Segundo e Raimundo
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Valdecy Alves - Poeta e ativista - debatendo com o público
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