III FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO – Mesa de Debate na Tarde de 18/08/2018 – Com o Tema “ CORDEL – MEMÓRIA E CONTEMPORANEIDADE” RICAS EXPOSIÇÕES E DEBATE MUITO PARTICIPATIVO - UM ÊXITO!
Minha fala - Foto: Mara Paula |
UM DEBATE QUE FOI MUITO DEMOCRÁTICO: O debate se deu no
auditório da Caixa Cultural – com presença de público, havendo debate ao final
com intensa participação dos presentes. O público era eclético, de Fortaleza e
de várias cidades do interior do Ceará. O Tema da mesa foi “ CORDEL – MEMÓRIA E
CONTEMPORANEIDADE” Compuseram a mesa os seguintes debatedores:
1) Rosilene Melo ( Iphan São Paulo/SP)
2) o cineasta Rosemberg Cariri (Fortaleza/CE)
3) O advogado, romancista, documentarista
e cordelista Valdecy Alves
4) Jornalista Alberto Perdigão
(Fortaleza/CE)
5) Mediação: Cordelista Eduardo Macedo
(Fortaleza/CE)
Fala do Rosemberg Cariri - foto: Mara Paula |
ROSILENE ABORDOU O TEMA colocando como eixo a notícia de que
o Iphan, pela importância do Cordel, irá registrar a Literatura de Cordel como
Patrimônio Imaterial do povo brasileiro.
ROSEMBERG CARIRI falou de toda pesquisa feita no Brasil, do
cordel como forma de resistência do povo brasileiro e literatura de qualidade. Rosemberg
é uma amante da cultura popular e um dos maiores responsáveis pelo resgate da
história de Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.
ALBERTO PERDIGÃO utilizando projetor fez narrativa de toda
história do cordel, desde antes de influenciar o cordel brasileiro na Europa Medieval
até os personagens mais citados na literatura de cordel.
EDUARDO MACEDO mediou sempre com comentários pertinentes,
depois provocando o público e por fim dirigindo o debate.
VALDECY ALVES falou da importância do cordel como arte, com
sua beleza inconteste, como ferramenta de memória dos excluídos, do povo
brasileiro, dos grandes fatos (Canudos...) dos heróis populares (Lampião, Padre
Cícero, Jararaca, Antonio Conselheiro...). De valores que abordam e dos fatos
históricos. Memória que precisa ser utilizada para completar a narrativa da
própria história do Brasil, pois o Poder Pùblico tem a mania de apagar a
memória e excluir a participação histórica e cultural dos mestiços, das minorias,
dos excluídos sociais. Inclusive para
cristalizar de forma correta a identidade do povo brasileiro. Claro que preservando
as singularidades. Encerrando sua fala com uma frase de Geogre Santayana:
Aqueles que não se lembram dos erros
do passado estão condenados a repetir os mesmos erros.
Os mais variados cordéia |
Clique na imagem abaixo e assista a fala de Valdecy Alves:
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