Acesso à cultura e à cidadania.
O blog tem dois objetivos: 1) Garantir o acesso à cidadania com informações que envolverão ensaios, ciência política, pareceres, filosofia, leis, comentários e informes... destinados a pessoas físicas e jurídicas; 2) Acesso à cultura, tanto universal, como a criada pelo próprio Valdecy Alves, envolvendo: literatura, teatro, artes visuais, além de indicações culturais.
Oh, Veneza! Oh, Veneza! Oh, mãe de Marco Polo e Vivaldi!
... o maior dos espetáculos...
O viver é uma poesia que se escreve nas páginas do tempo...
Somos seres que de um lado têm a fonteira material e do outro a não fronteira do sonho e da infinitude...
Quando se encontram no meio do céu o limite e o ilimitado mediados pelo luar
Grande parte dos dilemas são escolhas subjetivas com repercussão no mundo social...
A morte sempre é vencida... ora pela eterna transformação... ora pela inspiração...
Que rastros você está deixando a cada dia???
ÚLTIMOS RAIOS DO SOL
Os últimos raios do sol
Tingiam de vermelho todo o céu confuso de cores
Nervuras doiradas no poente, amarelado um pouco acima do horizonte
Róseo já próximo ao zênite... entre leques ainda azulados...
A noite já vestindo o nascente
Onde cintilava maravilhosa a enorme lua cheia
Hóstia solitária de crateras e alaranjada...
Com as demais crianças
Jogava bila no chão próximo à esquina
De quando em quando
Parando para contemplar as andorinhas
Que voavam como dançando, em frenesi
Brincando de vôos rasantes e voltando às copas das altas árvores
Tudo parecendo um sonho...
Então ... colorindo toda a minha infância
Toda a saudade do passado ideal
De onde sonhava com o futuro único
O velho relógio da torre badalava 06 horas... Então
Da radiadora da igreja e em rádios
Todos escutavam a Ave-maria
Que cobria toda a pequena cidade como um manto
E até hoje veste minhas mais doces infantas recordações!
Ave- que saudade de tais tempos maravilhosos!
Ave que alegria no presente!
Ave como creio no futuro que será mais saudoso!!
Corpo e mente de cavalo - Asas Ilusórias de Colibri
... Pobre peixe
Hábil nadador
Confundiu dominar o nado
Com dominar o vasto oceano...
Nem, a águia dominou os ares
Tampouco o Leão
Pode julgar-se senhor da terra!
Até porque mais ferozes
Eram os dinossauros
... Mas onde estão hoje?
Assim também
É o ser humano
Perante às leis do Poder
Seja o que governa os mundos
Seja o que governa
Os governos humanos!
E os que creem
Serem os donos do Poder
Até mesmo do Poder Político
Não passam de pegasus
Cavalos como corpo
Mente de asno
Com asas, mas pequenas de colibri
Coberto das penas da imaginação!
Senhores sim!
Mas do delírio!
Para ouvir enquanto lê
Fortaleza - 17/09/2011
À humanidade
Valdecy Alves
A humanidade inteira
Busca fugir da miséria
Desde os seus primórdios
Como o bebê busca fugir da fome
Desde o primeiro momento que mama!
Encontra segurança na maternidade
No seio, no farto e tépido alimento! ...!
Como um bebê
Com ansiedade coletiva
A humanidade criou o Estado
Engendrou a política
Que seria essa mãe, esse grande pai
O seio, a fonte de segurança, vida e
Dignidade coletiva...
Que ao logo da história
Vem evoluindo
E é mal menor
Perante toda a violência
A que toda espécie humana
Estava submetida
Nos meandros da natureza selvagem...
Todavia é necessário evoluir socialmente
Mais e mais e mais... e ... mais!
A Justiça é um ideal
o juiz uma ferramenta
O parlamento é uma força
O parlamentar um meio
O Poder Executivo a caneta
O político gestor as mãos, mas um ser...
Instituições carregam ideais
Os seres, eles, elas... meios no Estado...
Et´s e computadores
Não têm nem podem ser os gestores...
Anjos são aves de corpo humano
Que tendem a tornar-se demônios
Se for-lhes dados Poder!
Os politiqueiros, os seres continuam traindo
Os profundos ideais humanos...
Transformam a Justiça em possibilidade
Quando já deveria ser realidade
Assassinam a segurança de prosperidade e paz
Que já deveriam ser a certeza
Transforma em pó os valores nas leis
Mais sagradas
Patrimônio de toda evolução social
Da longa e penosa caminhada ao longo da história
Pó! Em pó! Como a madeira devorada pelo cupim!
Sim! Cupins dos sonhos!
Sim! Vírus de todos os ideais!
Sim! Traidores de toda ordem!
Dos mais profundos sonhos do passado
E das mais profundas esperança do futuro
Das mais cândidas e inocentes utopias
Que migraram para o panfleto
Ou que desaguaram em sangrentas revoluções...
Malditos vendilhões! Mercadores de votos!
Politiqueiros que têm como bússola
A agulha magnetizada da empulhação e da pilhagem...
Ditadores arbitrários dos cinco continentes
De todos os milênios e segundos da história humana!
Cujo sol que reina em seu mundo
Tenta devorar o universo idealizado
Lembrem-se: mundos são gotas
Universos são oceanos!
Vocês têm seus raios de corrupção!
Vocês que são a maior doença
Vocês que são a maior violência
Vocês que são os maiores ladrões!
Vocês predadores da paz...
Seu alicerce... sua base...
A ambição desmedida
A falta de valores éticos
O eleitor que vende o voto
O consciente omisso
O oprimido que não protesta
O desejo empresarial pelo fácil lucro...
Mas na vida é assim
Na doença
Ou morre o doente
Ou morre o verme!
Na realidade social
Se morre o doente
Vocês também
Perecerão juntos
Porém como está não ficará!
Revoluções maiores
Para novos paradigmas foram feitas
vocês não passam dos resquícios
Dos vermes infelizes do defunto
Que bem viveu por anos
Enquanto morrerão em alguns dias
Devorando os restos
Sem mais utilidade!
Numa eleição, nas revoluções,
Nas poesias, em peças de teatros
Nalgumas músicas de sucesso
Do Oriente ao Ocidente
Do cristianismo ao islão
Do Tibet ao frio da Islândia
Da periferia da Zona Leste de São Paulo
Às ruas de Manhattan
De Paris a Senador Pompeu
De Londres ao pequeno Ceilão
Do Atacama à imensidão da Sibéria ou do Saara...
Uma minoria crescente e palpitante
Vibra no coração da humanidade
Sabem quem vocês são
Vocês sabem quem eles são
E eles sabem que vocês sabem o que farão
Das duas uma:
Ou a humanidade procede sem vocês
Como o ser sadio pós quimioterapia
Ou como cadáver
E futuro fóssil nos sedimentos da terra
Onde hoje dormem eternamente
Os poderosos tiranossauros...
Mas o sonho é maior!
A Humanidade não fracassará
Enquanto isso:
O lixão espera por vocês!
Petulância!
Aos que são pingos que se julgam oceanos
Deixa de ser o que é para não ser o que pensa que é!
O homem nada é
Do que sonha
No geral
É bem pior
Do que pensa...
Não se esqueçam da humildade!
É o carvão
Que sonha ser o fogo
Que o aniquilou
E que dormita
Para crepitar
dos abismos da escuridão...
A petulância
atrapalha o despertar!
Assim a noite
Por sentir-se luz
Nem mais é escuridão
Tampouco será a luz
Que uma vez semente
Em pleno germinar
A petulância abortou!
AURORA BOREAL EM PARQUE DA ISLÂNDIA - Imagem por: Arnar Valdimarsson
AMOR QUE NUNCA TIVE!
Meu amor
Que nunca tive
Que saudades de ti!
Como seria feliz contigo
Meu amor que nunca tive!
E por não te ter tido
Perdi-me na eterna expectativa
Desta absoluta felicidade
Que me enche da saudade
Nos momentos de infelicidade...
Que são a ausência da felicidade
Que de quando em quando tenho...
Bem-vinda e ternamente grato
Amor que nunca tive
Realidade que nunca testemunhei construída
Como farol eterno
Na colina da minha utopia
No deserto dos meus amores
No mundo social imaginário
De todos os meus sonhos
Irrealizados e impossíveis...
Oh, amor que nunca tive!
Sempre indicando a felicidade
Que devo Eternamente perseguir
Em todos os campos possíveis
Na real epopéia
Da nevegação do meu dia-a-dia
no mar do meu viver!
Indo avante
Sob um céu de ilusões
Frente ao horizonte da esperança
E do passado que se evola
Qual o cheiro do muçambê nos leitos dos rios...
Caminho num chão gretado e inóspito
Onde estacionar é a morte
Onde o destino adiante é o fim
Onde a vida está no caminhar!
E o tempo da viagem é tão limitado!
Adeus e até nunca
Utopia utópica
No campo geográfico e temporal
No mundo social e nas artes
..............................................
Que após a minha existência
Meu sonhar continue
para sempre cavalgando
No dorso das auroras boreais
Nas ondas do vento Aracati
No perfume seco das folhas cadentes
No chão do sertão nordestino...
Amor da minha vida!
Amor que nunca tive!
A MINHA IDADE
(De: Valdecy Alves)
Como corpo, agora,
Consta da carta de identidade
Tenho a idade cronológica...
Intelectualmente tenho milhares de anos
Já estive em cavernas
Vendo pinturas pré-históricas
Li tanto! Ouvi rádio , vi tv, internet...
... quanto às minhas moléculas
Quanto aos meus átomos
Toda à memória entre o núcleo
E o nervoso eléctron...
Tenho a idade do universo...
Ano zero, do mês zero, hora zero
E mesmo antes do zero, antes do nada
Pois o nada existe!
Tenho a idade de todo o infinito do ontem
De todo o infinito do hoje
E de todo o infinito de amanhã!
A morte não existe!
Como as sempre mesmas notas musicais
Mudam-se suas posições
Tem-se uma nova canção!
E antigas músicas
Transmutam-se em memórias...
O Pensador de Rodin - Agora High Tech
RESPONDA-ME, GERAÇÃO ROCK ROLL!
De Valdecy Alves
Banda Scorpions,
Cadê a mudança do vento ?
Pois o vento da mudança só mudou de direção
E nada mudou da realidade!
Não mandem um anjo
Pois eles o assassinarão
Caso não o empanturrem de Crack!
Banda Queen,
Quem quererá viver para sempre
Numa realidade tão socialmente cruel?
Alguém é o amor da sua vida
Não porque completa sua vida
Mas porque é útil à sua vida
Ama-se a si mesmo no outro
Por essa, Jesus não esperava!
Parece que para ser campeões
O excesso de competição
Aniquilou com a ética!
Pink Floyd
O muro foi derrubado
Mas ergueram novos muros
De paredes invisíveis
Resistentes ao tempo e ao sentimento de justiça
E sem educação e sem professor
Não há como chegar a lugar algum!
Obladi obladá
E a vida continua
Apesar da geração rock roll
Construir um mundo nada desejável
Que por ser excesso de individualismo
Cada um se tornou uma ilha
O que deixaria Hamlet confuso!
E ao ignorar completamente o coletivo
A abelha destruiu a colmeia e
A si mesma!
Está mais claro que um homem
Nos tempos atuais
E uma mulher também
Para não ser agredido pelas feministas
Devem andar infinitos caminhos
Para “não” serem aceitos como humanos!
Sem ouvir nenhuma resposta do vento
Que só carrega poluição e radioatividade
Elvis, o rebelde
Que mais lucro deu aos conservadores
A exemplo da foto de Che
E tudo que lhe seguiu:
Pobre Marilyn Monroe
Cuja trajetória só levou ao suicídio
Madona que tal uma virgem
Tem mais hora de cama
Que um boeing de voo
E Michael Jackson
Não teve tempo
Para saber qual sua cor
Assumir-se sexualmente
Um bad muito good!
Ah, frágeis ídolos
Sem rostos e sem máscaras!
Enquanto os velhos costumes piratas
Escravizam as mentes
Ora com excesso de informação
Ora por falta ou desvirtuamento dela!
Chora mulher, chore mais
Pois mais que mudar tudo
Temos que primeiro reconstruir
A esperança e a verdadeira rebeldia
Que pode conduzir à ruptura e à libertação
Lâmpadas na infinda escuridão
Que é necessário ao voo desse inseto
Denominado: humanidade!
O PRIMEIRO RAIO DE SOL – UM DILÚVIO DE ESPERANÇA EM CADA RAIO... BASE PARA NOVOS SONHOS... PARA O NOVO PASSO DA CAMINHADA DA HUMANIDADE... - EIS A VANTAGEM DO LIVRE ARBÍTRIO
Cada amanhecer mais uma oportunidade para agir na construção do sonhado
O sonhado sonhado pode tornar-se realidade concreta (Foto: Google)
Poesia de Valdecy Alves - Se copiar citar a fonte
Aos que se mantêm vivos com novos sonhos
Mesmo quando pisam seus sonhos sonhados!
Sol, que em excesso é seca no sertão
Sol, que ausente é pura era glacial e morte Seus primeiros raios a cada novo dia... Um convite para vida, para ação
Que devem ser testemunhas dos avanços sociais de cada geração
Como os extratos das eras nos recortes das montanhas
Mostram a evolução da terra!
Não devemos caminhar sempre a velha rota
Que deve ser a base da rota nova
Sob pena de atolar-se no lamaçal do tempo...
E um novo dia virá
logo após o pôr-do-sol
Chão para novos sonhos
Para materialização da velha luta
Como alicerce para o futuro
Que será a colheita dos novos ideais
E mais um capítulo na história
... Da qual todos devem orgulhar-se...
Ou mudemos o rumo...
Então a caminhada continua
Sempre o aparente passo final podendo ser
A base do novo primeiro passo da nova caminhada
E não tenha dúvidas!
Um novo dia
Apesar de todos os pesares
De todas as decepções e dores
Virá... como virá o novo minuto
Na vida do vivo
A resistência onde houver opressão
Em cada raio de sol do novo amanhecer
Estará viva cada célula
De uma nova Esperança do sonho
Da nova necessidade da continuidade do sonhar e da luta...
POESIA: RAIOS DE LUZ
Luz e vida (Foto: Valdecy Alves)
Pela manhã
O raio do sol
Iluminava minha sala
Vestindo o mundo de magia...
Causando explosões de esperança!
Como se aquele raio de sol
Se estendesse à noite de minha mente
E iluminasse os porões do meu eu
Permitindo ver-me por inteiro
Compreender o mundo à minha volta
Por inteiro,,,
Varrendo de minha alma dúvidas
Aumentando minhas certezas:
A certeza que a vida vale a pena
Que ainda que se seja um pequeno inseto
É melhor que ser uma montanha imóvel...
Que é melhor sofrer compreendendo
Que sentir-se aparentemente feliz
Na plenitude da ignorância,,,
... que aos poucos a humanidade tem evoluído
Bem menos veloz que nossos desejos
Se a história é a história de fatos que nos envergonham
Também é história da nossa glória
De criação de arte, conhecimento e invenções
Do domínio da terra
E dos sonhos de conquistar todo o universo...
O que nos torna únicos...
Pode-se verificar também
Cada degrau da caminhada
Demonstra o evoluir da caminhada
Apontando-se para o futuro sonhado
Logo, a esperança prevalece!
Então renovem-se os sonhos
Ação para edificá-los
E o futuro da utopia
Sera realidade no novo dia!
O novo dia que sempre chega
Na luz dos raios do sol!
Pois se o sol é o sonho do verde da terra
Nossos sonhos são o sol
do interior do nosso eu!
DISCRIMINAÇÃO - POEMA PARA DESINTEGRÁ-LA!
Só na soma da diferença que se chega à orquestra e à sinfonia
IGUALDADE É UM PRINCÍPIO - DISCRIMINAÇÃO É QUEBRA DE HARMONIA
DISCRIMINAÇÃO
De: Valdecy Alves
O Francês discriminou o cigano
O cigano francês discriminou o sul-americano
O sul americano paulista discriminou o nordestino de Fortaleza
O nordestino de Fortaleza discriminou o conterrâneo da cidade do interior
O conterrâneo da cidade do interior discriminou seu conterrâneo da zona rural
O conterrâneo do meio rural discriminou o turista francês
Que era negro, estrangeiro e homossexual.
A discriminação é o alicerce
Do desintegrar social
É o solo para o fanatismo e psicopatia
É a certeza do fracasso individual
E uma das causas da derrota coletiva!
É como se uma nota da mesma sinfonia
Discriminando a outra nota musical
Só por ser diversa é tão única quanto ela
Quisesse ser unicamente a única
Sem ameaçar o equilíbrio sinfônico...
É pesadelo... Loucura...
Semente da destruição e do aniquilamento!
Paris – França
Abril de 2012
POESIA SOBRE A CORRUPÇÃO - O MAL QUE DEVORA ATÉ A SI MESMO!
Ouroboros -monstro mitológico que devora eternamente a si mesmo
(Foto: Google)
A CORRUPÇÃO
Poesia de: Valdecy Alves
Uma enorme boca
Um estômago insaciável
Surge da ausência de ética no corrupto
Então começa a devorar os bens públicos
Materiais e imateriais que pertencem ao povo...
Os corrompidos junto com o corrupto
Têm que sustentar tal esquema
Que quanto mais devoram
Mais precisam devorar
Como o prazer da droga
Que exige cada vez mais droga para o mesmo prazer!
A corrupção câncer de apetite sem fim
Que consome o corrupto
Que consome uma cidade
Que pode consumir um país
Até mesmo uma civilização
Que o digam os romanos!
Para se manter intacto e impune
O corrupto alimenta centenas... mil bocas...
Mesmo quando não mais está no poder
Ainda assim... continua a ser devorado
Pela criatura monstruosa que criou...
E quando nada mais tem
No desespero... na mais infinita angústia...
Se fraco se suicida
Se forte morrerá revoltado e contrariado...
A corrupção ácido que corrói suas bases E que se implode pelo ódio colhido
...A morte física, que sucede a morte moral,
Ocorrerá invariavelmente...
No enterro os aliados não comparecerão
Visto não terem mais o que extorquir
Os amigos não comparecerão
Pois o corrupto já não os mais terá!
Apenas dois tipos de pessoas
Comparecerão ao sepultamento
Os familiares para se livrar logo do corpo
Que é símbolo da vergonha
E os falsos caridosos
Para mascarados pela piedade
Parecerem a todos serem bons!
A ponto de não deixar apodrecer em público
O fétido miserável improbo!
Atenas - Grécia - 15/04/2013
Estado-deus
O Estado Senhor dos homens Também presente no formigueiro Força ! Exército ! Hierarquia ! Instinto ! Selvageria ! Veneno ! Quelíceras! fúria ! Trabalho !
Trabalho ! Trabalho ! Armazenamento! ...
Silêncio, cigarra ! Teu cantar Fala de outras coisas Inclusive Que podia cantar !
O estado das formigas O estado da necessidade O estado da rainha O soldado do estado...
E aí Vem o tamanduá solitário Que pelo estado de necessidade Devora formigas Com Estado e tudo !
Canto à Vida Peregrina
Escrita em 05/03/2011 - Fortaleza (CE)
Para todos que amam a vida
Que não se lembram de terem optado por nascer
Mas que não desejam a morte desde que se descobriram vivos!
Valdecy Alves
Vi o mendigo feliz
No sinal fatal do cruzamento da rua...
Li que o milionário infeliz
Matou sua mulher depois matou-se!
No mesmo quarto de motel
Onde fizeram amor! Amor?
Vi o cantor de invejável sucesso universal
Em plena decadência criativa e moral
Devorado pela mídia cancerígena que o criou...
Vi o sertanejo nos confins do interior atrasado
Entre mosquitos famintos, espinhos dolorosos
E calor insuportável...
Feliz sem os dentes
Ao lado da mulher desdentada
E seus dez filhos desnutridos e mal vestidos...
Soube da sexy atriz e símbolo de sensualidade
Deusa de tantos desejos e onanismos
Que se jogou do prédio
Completamente drogada
Voando para o seio da morte
Sem qualquer eficácia no arrependimento
Sem qualquer possibilidade de recurso...
Ouvi falar de um deficiente nanico, gay...
Negro, gordo e perneta
Que ao chegar a um bar
Espantava o tédio e parecia
Trazer consigo a alegria máxima
Que despertava a máxima alegria
Em todos que o rodeavam...
Sei do cego sábio e repentista
Que se tornou lenda
Cantando e declamando suas poesias...
Muitas vezes vi a prostituta da ponta noturna da rua
Que simbolizava todo o encanto, beleza e luxúria
Jamais vividas!
Que cobrava pelo prazer passageiro
Porém de graça espalhava contagiante felicidade
Como o sol raios de luz
Ao contrário da madame frugal, artificial
Que mal amava e era mal amada
Macaca das colunas sociais
Que cobravam fortunas para exibicionismo inútil
Prédio de alicerce fácil
Das areias do vazio orgulho...
Sei que a serpente
Sem perna e sem mãos
Respeitada e temida
Não alvo da piedade
Na maravilhosa floresta
Onde a vida é regra
Flor que brota da putrefata morte!
Sei do morcego cego
Que mora na caverna escura
Onde também é inquilino o odor do mofo
Mas que voa e voa alto! Altíssimo!
Com as pontas das asas tocando estrelas...
Como nenhum Ícaro jamais voou!
Sei das frágeis gotas de chuva
Que se tornam rio e depois mar
Percorrendo milhares de quilômetros
Sem bússolas e sem pernas...
Sei do músico cadeirante
A tocar no baile em pleno carnaval
Com suas músicas e notas
Mais feliz que o mais ridente dos foliões
Com o seu pó e sua bebida
Em infinita embriaguês!
Assim, amigo!
Assim, amiga!
Não há equação objetiva para felicidade
Não há fórmula subjetiva para o paraíso
Mas há espaço para o sonho infinito
E para luta sem fim!
Sonhar e lutar e sonhar e lutar e sonhar...
Como o vai-e-vem das ondas do mar na praia
Como o vai-e-vem sobre a mulher amada...
Afigura-se como a maior das ferramentas!
Para maior das possibilidades!
A MAIS LONGA NOITE
É sempre possível construir um ponto de luz na escuridão Imagem do blog euvoocaminhando
A LONGA NOITE...
Ah, meu povo! Meus tristes irmãos, Que longa noite vocês atravessam! Não de 12 horas. Não de um dia Não de uma semana... Mas uma longa noite de meses! Que demorado é o sol do novo dia Não há lua, nem estrelas... Sequer vagalumes errantes! Sem esperança! Reféns de um presente Que será escondido no futuro Nas sombras da história! Pois foram traídos, traíram-se Ao tempo que a traição fervilha! Cozendo-os impiedosamente A criatura devora o criador!
Que trevas! Que escuridão! E sopra o vento da necessidade E troveja o terror das facções egoístas Relampejando incessantemente a inquietação. ... Enquanto o pêndulo do tempo Faz-se monótono e enfadonho! Não pode haver treva maior Nem pior sinal de decadência Quando a esperança Deixa de direcionar-se para o futuro! Para ser a esperança Do retorno ao pior vivido No deprimente passado! É hora de tornar-se cinzas Para renascer! Cada um E todos coletivamente
Necessidade e ignorância Demagogia e oportunismo Excesso de personalismo de governos Submissão sem fim do governado Só podem conduzir à escravidão!
Mas o sol haverá de vir E a energia de sua luz Virá da força do trabalho Da autonomia verdadeira Do exercício da liberdade plena Da ação construtora Da utopia tão sonhada! E chegará um dia Que de tanta luz De saber e consciência De Alegria e da não necessidade Que a existência da mais pura escuridão Não passará de uma lenda No coração dos poucos supersticiosos! Mas para isso e preciso luta Necessária reação A liberdade, a paz, a alegria O triunfo e a glória Só podem ser colhidos Onde antes houver plantação! Hora de revolucionar-se E revolucionar! Levantem-se! Não fiquem de joelhos! Só de pé pode-se Arar o chão para raízes do sonhado! CHEGOU A HORA DE NOVA PLANTAÇÃO SOBRE AS CINZAS DO QUE HAVIA OUTRORA! RENASCER E REVOLUÇÃO!
De: Valdecy Alves
Fortaleza-fevereiro de 2012
NAS TETAS DA PREFEITURA !
O Poder Público não Pode Ser a Mãe de Alguns
Mas instrumento de Cidadania e Garantidor da Democracia para Todos
No chão pantanoso.......................................
...No alto os urubus e moscas
Atraídos pelo odor!
A COLHEITA
A plantação começou com a política educacional e professores
Dando exemplo de plena cidadania em todo o Brasil
A COLHEITA De: Valdecy Alves
Na época de eleições
Os poderosos mesmo pouco são muitos
E disputam o poder político
Para consolidar mais ainda o seu poder...
Os muitos que são o povo
São fragmentados e divididos
Em mil formas, mil grupos, mil interesses e classes sociais...
São escravizados, seviciados, prostituídos...
Em sua maioria...
...Levados pela ignorância e pela necessidade
São condenados a mais cruel escravidão!
Pois acabam levados a agir
Num extremo paradoxal
Contra si mesmos!
Todavia, de vez em quando há um lampejo
E acerta! Outras vezes uma explosão
E tem-se uma revolução!
E haverá um futuro
Que todas datas de eleição
Não serão datas de lampejos
Mas dias de sol intenso
Com o fim das trevas, da corrupção,
Da Mentira e da escravidão
Pois há muito se planta
... avança a educação...
... diminui-se a miséria...
E sem dúvida
Haverá a colheita!
NIVELADOS!
A GRANDE ILUSÃO!
Deus nos enganou! Mas Somos Nossos Maiores Enganadores!
De: Valdecy Alves
Os seres vivos
Nivelam-se
Em 04 momentos
Indubitavelmente:
O DO NASCIMENTO
Quando as cores e os odores
Do mundo invadem seus sentidos
Traduzindo-se em esperança...
Nessa fase pensam que o mundo lhes pertence
E que a vida é deles...
O DA NECESSIDADE
Tributo imposto pela vida
Que os impele a agir
Para manterem-se vivos !
Mas descobrem ainda
Que a necessidade
Imposta pela cultura do domínio
Do lobo-humano para lobo-humano
É a mais cruel de todas...
O DO ORGASMO
Quando iludidos pelo prazer
Não passam de escravos da reprodução
E há quem coloque toda a felicidade
Nesse segundo explosivo!
O DA MORTE
Quando se extingue
A chama da vida
E os carniceiros
Sempre omissos
Fazem a festa !
Morte, senhora da isonomia universal:
Entre todos os homens
Entre todos os vivos
Entre tudo que há
E o que só há
Na imaginação dos vivos!
CARNAVAIS ....
Escrevi esta poesia para você refletir a questão alegria x felicidade.
Não sei se dei sentido à minha vida Não sei se tem algum sentido Dar algum sentido à vida Ou se viver resume-se a buscar sentidos!
Noite de carnaval Com que alegria toca o carro Capaz de ser ouvido a grande distância Se o canto e o cantor são tão alegres Bem sei que com o sucesso O artista está bem rico... Não sei se o dono do carro E os forçados ouvintes Têm tanta razão para sorrir Ou se encontraram a felicidade Que não está na canção Muito menos no carnaval
Quantas belas mulheres nos blocos Ideais de beleza A sedução, o desejo, o cheiro no ar... Risos, giros, coxas, seios, dança, rebolados... Mas quantos amarão à noite Quantos se terão Sem se perder na infinitude da finitude Do erotismo-fim e vazio ?
O carnaval das manhãs No canto dos pássaros Só para eles é festival ! Voam, flutuam, acasalam-se...
Mais além o morcego incomodado O poeta inspirando-se em tais cantos O gato castrado Felino caçador de estimação Contempla a ilha de árvores Que já foi floresta Com presas saudosas da carne Sonhando em libertar-se da ração Com sabor de plástico...
Um pouco mais distante A faminta cascavel Imunda sai do esgoto esfomeada Fanática na direção das árvores...
Cada um com seu carnaval Cada um buscando sentido Espalham-se em todos os sentidos Construindo o carnaval da história !
PREDADOR - PRESA - INFERNO
Deus meu ! Que técnica a da águia Que perto da ave-presa Voa de cabeça para baixo Capturando-a pela barriga
Depois.....
Num segundo Volta à posição normal do vôo...
A presa agora de cabeça para baixo Esquece da morte Fascinada pelo azul do céu Que nunca contemplou antes Embora sempre o tendo acima de si !
Um momento mágico Em troca da morte Mas antes do devoramento Não teve tempo pra ter certeza Se realmente viveu !
A águia à presa se nivela Pois no cálculo da captura Só vê a presa Nunca contempla o céu ! Onde habitam estrelas e sonhos Sempre pairando acima de si.
REFLEXÃO
Auguste Rodin - O Pensador
De onde veio o grão de areia Da branca duna ? Em quantas páginas Poderia ser escrita toda a sua história ? Por quantos astros rolou? Quanto navegou no espaço ? Por quantas praias? Desertos ........................................Por quantos fundos de rio girou? Em quantos corpos fez morada ? Imagine-se toda a história De todos os átomos Contidos apenas Num ser humano ? Valdecy Alves
RELATIVIDADE DO SER
Como sou pequenino Diante dos meus sonhos Como sou insignificante Diante dos desafios dos ideais Como sou limitado Diante dos meus desejos! Como seria ilimitadamente nada Sem os meus sonhos Sem os meus ideais Sem os meus desejos!
De Valdecy Alves Do Livro de Poesias: Travessia Página nº 56
Luz como símbolo de maior riqueza: O saber! Foto: Science News - física quântica
POEMA DE UMA MANHÃ DE DOMINGO
De: Valdecy Alves
Você,
Homem mais rico do mundo
Se toda sua vida é para preservar
Cada centavo de sua riqueza
Nunca será além de um mísero ser
Pois a verdadeira riqueza deve ser o racional uso dos bens
Transformados em meios para o bem estar pessoal e coletivo
Não há maior miserável que aquele
Que se deixa transformar em meio para os seus bens!
Você,
Maior miserável entre os miseráveis do mundo
Se a sua vida é lamentar e esperar o milagre continuamente
É na sua omissão que se alicerça toda a sua miséria...
Tornou-se um milionário em matéria de miséria
Acabando por aderir a um masoquismo
Fazendo da miséria uma fonte de prazer...
A maior das misérias é acomodar-se na omissão!
Você,
Maior analfabeto e maior ignorante
Servo dócil dos que lhe jogam as migalhas
Dos alimentos e do saber
Que sem você seriam lavagem aos porcos
Que sem você seriam superstições primitivas
Sabendo ou não como situar-se
No universo político e social
Sofre ao mesmo tempo como o mais rico e o mais miserável
Pois sente-se rico ao receber a lavagem
Pois sente-se milionário ao aderir à superstição
É aquele que se ver como não é
E é perfeitamente visto como é
Sobretudo por aqueles que o iludem!
Você,
Político estelionatário e mentiroso
Câncer, verme e vírus a um só tempo
O mesmo vale para falsos legisladores e julgadores corrompidos
Na Estrutura do Estado que deveria ser libertador
Da necessidade, da ignorância, da injustiça...
Sanguessuga do excesso da seiva em que se afoga
Que há muitos falta e causa morte física e espiritual
Você... Você mesmo!
Será sempre a própria vítima do seu estelionato
Ás vezes morto pelo assaltante que não teve acesso ao trabalho
Outras vezes pelo motorista embriagado que não teve acesso à educação
Algumas vezes pelo seu colega político que você enganou
Aos dividir as verbas da corrupção
Se viver em demasia morrerá envergonhado de si mesmo
Se viver pouco o mínimo usufruirá do roubado...
Rico verdadeiro
É o que é capaz de canalizar o ter para ser
Rico é o que faz da miséria seja de ter, seja de saber
Combustível para revolução de paradigmas
Rico é o que sabe para continuar buscando sempre saber
E sempre partilhar o pouco que sabe
Rico é o analfabeto que busca a leitura
Rico é o ignorante que busca a sabedoria
Por todas as ferramentas possíveis, sejam da razão, sejam do sentir...
Que saibam que é possível sempre construir um mundo melhor e mais justo
Que é necessário cada vez mais enriquecer o patrimônio
As mãos dos oprimidos mais numerosas que as pedras!
Ao opressor interessava eliminar o orador
Aos oprimidos, aquele que lhes lembrava a omissão...
Davam assim mais vida à opressão
Adiando por alguns dias o inevitável amanhã!
Sem dúvida que o linchamento da voz que continuou ecoando
Já era o treinamento
Para o dia do apedrejamento do opressor!
Que como outro qualquer opressor
Não teria, tampouco jamais terá
Como fugir á fúria dos que oprimiu
Assim como as montanhas não escaparão
Á fúria das gotas d´água em forma de rios
Pois os oceanos têm sede de rios
Como o mar da humanidade
Da mais plena justiça!
À Carnaúba Numa Manhã de Sol de Verão
Carnaúba da Praia de Jericoacoara
A bela carnaúba
Na grande planície
Ao forte vento monótono
Dos confins do Atlântico
Bailando ! Bailando ! Fanática
Irrefreável... copa-cabelereira
Além do mundo da imaginação...
Talvez séculos se amontoam...
Em seu retilíneo tronco...
A quantos temporais
A quantas ventanias
Tem resistido magistralmente ?
Mantendo-se na paisagem
Como enfeite
Como trofeu da própria vitória !
Ès capaz assim, de resistir
Qual a carnaúba ???...!!!
Quantas noites de luar
Quantas gotas de estrelas
Quantos concertos de anfíbios
Quantas galáxias de vagalumes
Quantas estrelas cadentes
Presenciou, como num mundo de magia ?
Já tiveste o privilégio de presenciar
Tantas maravilhas ???...!!!
Deu vida a tantas asas aladas
Sons ao silêncio funesto
Esperança para viajores exaustos
Corpo à floresta-carnaubal
Dança ao horizonte imóvel
Silhuetas a noites enluaradas
Abrigo à vida voante
Renda ao camponês faminto
Gerações e gerações......
Acaso sabes a envergadura de tuas asas? se é que tens asas !
Acaso foste alguma vez causa de esperança
Se não tens sido teu próprio mal !
Acaso entendes algo da eternidade
Se não és apenas mera fração de milésimo de segundo ?!
De toda forma só tens razão
Para invejares uma carnaúba
Ao vento numa límpida manhã de verão
Na planície do litoral !
POESIA DA AFIRMAÇÃO DA VIDA!
(Muito lida e divulgada em Portugal)
De Valdecy Alves
ÁRVORE QUE CRESCE MESMO AÇOITADA A VIDA INTEIRA PELOS VENTOS EM JERICOACOARA - CEARÁ
Meu Deus!
Que saudade imensa
Do que nunca fui!
Maior saudade ainda
Do que jamais serei...
Mas como me sinto feliz com o presente
Tanto que já sinto saudades do hoje!
O viver não cabe numa pessoa Um sonho não cabe numa geração E a humanidade não é capaz de albergar A razão divina do porquê do Cosmos...
Por fim: A felicidade não está no fim do caminho Mas creia: ESTÁ AO LONGO DA CAMINHADA!
POESIA PREMIADA EM 2010
CANTO AO CEARÁ
XII Prêmio Ideal Clube de Literatura
Poesia selecionada para coletânea do XII Prêmio Ideal Clube de Literatura. Obra lançada no dia 21 de janeiro de 2010. Seu título é: CANTO AO CEARÁ.
Gonçalves Dias em sua “Canção de Exílio”, através de sua terra, homenageou o Brasil. Camões, com “Os Lusíadas”, cantou todas as conquistas dos portugueses. Homero com a “Ilíada” eternizou a história do povo grego.
Depois de muitas andanças pelo Estado do Ceará e continuo peregrinando, escrevi um canto ao meu Estado natal. Inspirado, sobretudo, pela cultura e pelas paisagens. Se gostar divulgue. Se quiser e puder, comente! Que os que não forem cearenses consigam ver o Ceará pela lente da minha poesia, os que forem cearenses, caso não gostem, minhas desculpas. Boa leitura e espero agradar:
Não sou amigo de Homero Nem sou parente de Dante Licença, pois vou adiante Com nada me desespero Virgílio me inspira, eu quero Apoio me dá Camões Vieira com os seus sermões E a força de Patativa Vem Cego Aderaldo e ativa Razão, sentir, emoções
Com todas as forças penso Minha mente um reboliço Protege-me Padim Ciço Benção de Beato Lourenço Meu pensar fica então denso Avisto Frei Damião Ibiapina dá-me a mão Enfrento universo inteiro Ao meu lado Conselheiro Dos deuses a proteção
Das páginas da Iracema As brisas da inspiração E da Normalista, então O real invade o tema E de Galeno o Poema De Raquel a força bruta Do Quinze que o país enluta Reforcem minha criação Fogo à imaginação Que brote poesia astuta
Paisagem bela e lunar Na praia de Morro Branco Vou-lhe confessar sou franco Jericoacora não há Igual éden, duna e mar Serras de Baturité E de Araripe da fé Chapada da Ibiapaba No alto o Ceará se acaba Ao infinito onde der!
Corre o Rio Jaguaribe Atravessando o sertão Em tempos de sequidão Artéria que não se inibe Produz riqueza e PIB Ao norte o Acaraú Com o Rio Coreaú São construtores da vida Às suas margens o homem lida Irrigando o solo nu
Tem a gruta de Ubajara Os casarões de Icó Crato, florestas que só As dunas que o vento apara Seco sim, mas não Saara Lugares dos mais insólitos Tem Quixadá dos monólitos Tem mar, serra e sertão Mulheres belas que são Senhoras de homens acólitos
Ceará de sol intenso Nas praias bronzeador Carrasco no interior Pai da seca e calor denso Do sertão sem fim, imenso Pátria do mandacaru Banha-o a bica do Ipu Tem único e ímpar luar Carnaubais a dançar Sob céu sem igual azul
Ceará doce Ceará Do corajoso vaqueiro Da praia do jangadeiro Do artesão, renda e cantar De repentistas a criar De grandes compositores Paraíso de escritores Tapioca e rapadura Que leva o turista à loucura Com seu povo, o belo e cores...
Mesmo o cidadão que emigra Pro Norte ou Sul do país Kafka eterno infeliz A distância causa intriga Mesmo a miséria inimiga Não o separa da terra Que seu alicerce encerra Sempre sonhando voltar Com vida ou pra se enterrar Nada atrapalha ou emperra
Tão grande amor instintivo Não há maior sentimento O voltar melhor momento O partir fá-lo inativo E da saudade cativo... No Ceará o forasteiro Seja rico ou sem dinheiro Que resolve nele morar Atesta no paraíso estar O melhor do mundo inteiro!
Quero agradece-lhe a visita feita ao meu Blog "COISAS DO BRASIL" e quero dizer que inclui o seu Blog na minha lista de seguimentos nos Blog´s "ESPAÇO DO HERCULANO, FLASH MISSES, LUZ CAMERA AÇAO SLIDE alem de COISAS DO BRASIL" todos são blogs meus e lá voce vai estar, pois sua pagina é fantastica. Abraços
Quero agradecer a visita ao meu blog SCRIBA, sou professor de História e estou tentando com os meninos(as)da 6ª série construir um blog sobre a cultura regional, em Vitória da Conquista-BA, sua visita é uma honra. Como trabalhamos também com cordel também gostaria de conhecer o texto Direitos humanos em cordel e saber se posso usá-lo com os alunos.Abraços Isaias
Extravasar pra mim é diluir-se em letras Beber da fonte que jorrou em choro sem disfarces, sem medos ou vergonha; a verdade ainda que rude, grulha ou enfadonha, merece apresentar-se em palco de identidade cultural. É de direito todo feito de cunho familiar. Ainda que tenham colocado sal no meu mingau, hei de cozinhar. Degustando até o fim, não adianta se esquecer de mim, que volto e viro a mesa, extravasa a realeza desse menino popular.
Olá Valdecy, Hoje, com mais tempo, voltei ao seu blogue. Li alguns poemas que e fui me encantando ao longo da leitura. Porém o que mais me tocou foi " O Rio de Minha Vida". Obrigada por apontar-me o grupo maravilhoso, onde participar é gratificante, mesmo! Obrigada pela visita também. Meu abraço, Dalinha
Anônimo disse…
Não sei já como cheguei aqui, mas estou a gostar. Dos poemas e do resto. Vou continuar a passar! E já agora deixo-lhe aqui o meu blogue: http://flordocardo.blogs.sapo.pt
Oláa (: Vim agradecer pelas visitas, espero que volte sempre ao meu espaço assim como eu sempre estarei por aqui. Adorei o blog... encantador e verdadeiro... lindo pela essência, lindo por ser único. Abraços!
Obrigado por nos deixar viajar nas suas mais belas palavras e poesias, você é sensacional. Parabéns!
Anônimo disse…
Muito legal a suas Poesias, profundas e bem interessantes como sempre :D vc e um Poeta muito bom , Belas imagens vc esta de Parabens , vc e sensacional, Felicidades beijos... Walleska
Peço desculpa por só agora responder ao seu comentário em Laços de Poesia. Obrigado pela sua visita. Estive a ler alguns dos seus poemas e gostei. Tem um bom espaço aqui.
Professores de Redenção reivindicam 1/3 extraclasse - Maio de 2013 Abaixo sugestões de frases que podem ser adotadas em importantes momentos de luta dos servidores públicos, sejam municipais, estaduais ou federais. Muitas delas criadas por mim, outras pesquisadas em movimentos que acompanhei pessosalmente. Podem ser utilizadas como estão ou adaptadas para luta e para realidade local. RESOLVI ESCREVER A MATÉRIA porque são muitos os sindicalistas e servidores de todo o Brasil que me pedem sugestões a mim, quando em protestos, manifestações, caminhadas, paralisações, greves ou simples assembleias. SEM DÚVIDA QUE UM EVENTO PÚBLICO DE SERVIDORES SEM FAIXAS E SEM CARTAZES FICA SEM COR, SEM BRILHO, SEM ALMA... Que sejam muitas, de todos os tamanhos, de todas as cores e que estejam bem distribuídas no corpo de todo o movimento. É necessário dar visibilidade à luta e à sua pauta, afinal o apoio popular em muito fortalece a luta, embora sua ausência não desfortaleça. Vejamos algumas...
O artista e artesão cearense Espedito Celeiro - Seu conhecimento um tesouro e síntese de uma cultura milenar e intercontinental Fotos: Mara Paula e Valdecy Alves UMA SÍNTESE DA CULTURA DO NORDESTE - DA EUROPA E DO MUNDO : Em sua obra Os Sertões, o escritor Euclides da Cunha concluiu que o nordestino é antes de tudo um forte e que o cruzamento de raças entre o europeu, o índio massacrado e o negro escravizado, gerou um mestiço que isolou-se no interior do sertão, criando uma cultura própria, única. Também detectada por Gilberto Freire em seu livro Casa Grande e Senzala. Pois bem, Espedito Seleiro, tudo com a letra “ s ” mesmo, é um desses homens, que carrega em sua mente, a síntese dessa cultura milenar. Toda cultura do couro trazida da Europa. Que trouxe da Ásia... e de tantas outras regiões do mundo... que chegou ao Brasil... ao Nordeste... ao Ceará... então misturando-se com a influência dos ciganos e a criatividade do seu avô, segundo Mestre Espedito, que já era seleiro e d...
SOCIALISMO É DEFENDER QUE OS DIREITOS SOCIAIS PREVISTOS NO ARTIGO 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DEIXEM DE SER APENAS PROMESSAS NA CONSTITUIÇÃO E SE TORNEM REALIDADE NO DIA A DIA DE TODOS OS BRASILEIROS: Os direitos sociais, basicamente são os direitos nascidos da EXIGÊNCIA DE TODA SOCIEDADE PARA QUE TODAS AS RIQUEZAS PRODUZIDAS PELOS SERES HUMANOS SEJAM DIVIDIDAS ENTRE TODAS, o que pode ser traduzido como a LUTA PELO DIREITO À IGUALDADE . Presente até mesmo como palavra de ordem na revolução Francesa: A Igualdade . Eis o que consta no artigo 6º da Constituição Federal da República Federativa do Brasil: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. ASSIM, quando alguém diz que é contra o socialismo, ou é muito rico, e é contra a igualdade e a divisão...
Comentários
Como trabalhamos também com cordel também gostaria de conhecer o texto Direitos humanos em cordel e saber se posso usá-lo com os alunos.Abraços
Isaias
PARABÉNS!!!
Extravasar pra mim é diluir-se em letras
Beber da fonte que jorrou em choro sem disfarces, sem medos ou vergonha; a verdade ainda que rude, grulha ou enfadonha, merece apresentar-se em palco de identidade cultural.
É de direito todo feito de cunho familiar.
Ainda que tenham colocado sal no meu mingau, hei de cozinhar.
Degustando até o fim, não adianta se esquecer de mim, que volto e viro a mesa, extravasa a realeza desse menino popular.
Tiago Ortaet®
Hoje, com mais tempo, voltei ao seu blogue. Li alguns poemas que e fui me encantando ao longo da leitura. Porém o que mais me tocou foi " O Rio de Minha Vida".
Obrigada por apontar-me o grupo maravilhoso, onde participar é gratificante, mesmo!
Obrigada pela visita também.
Meu abraço,
Dalinha
E já agora deixo-lhe aqui o meu blogue:
http://flordocardo.blogs.sapo.pt
Abraço! *
a) flordocardo
Vim agradecer pelas visitas, espero que volte sempre ao meu espaço assim como eu sempre estarei por aqui.
Adorei o blog... encantador e verdadeiro... lindo pela essência, lindo por ser único.
Abraços!
Grato por sua visita ao meu blog Poeteiro de rua.
Um grande abraço