LEI DO PISO É MANTIDA NA ÍNTEGRA - O REAJUSTE DO PISO CONTINUA A SER FEITO CONFORME SEU ARTIGO 5º E PARÁGRAFO - MINISTRO JOAQUIM BARBOSA NEGA LIMINAR AOS SEIS GOVERNADORES NA ADI 4848 - MAIS UMA VITÓRIA DOS PROFESSORES DO BRASIL
Em 13/11/2012, o Ministro Joaquim Barbosa negou liminar para suspensão do artigo 5º e seu parágrafo único, aos seis governadores que mais uma vez, TRATANDO O PROFESSOR COMO DESPESA E QUERENDO SE APROPRIAR DOS RECURSOS DO FUNDEB, atacaram a Lei do Piso, os direitos dos profissionais da educação e a própria eficácia da política educacional brasileira, que depende da valorização dos professores e da boa aplicação das verbas do FUNDEB.
QUEM SÃO OS GOVERNADORES QUE ASSINAM A ADI 4848:
1) RIO GRANDE DO SUL; 2) SANTA CATARINA; 3) MATO GROSSO DO SUL; 4) GOIÁS; 5) PIAUÍ E 6) RORAIMA - importante destacar que os os 03 primeiros assinam também a ADI 4167, portanto atacando pela segunda vez a lei do piso e pela segunda vez derrotados.
O QUE É UMA ADI: é um tipo de ação que busca a declaração de inconstitucionalidade de uma lei, no caso a ADI 4848, os 06 governadores requereram a inconstitucionalidade do artigo 5º e seu parágrafo da Lei do Piso, Lei Federal nº 11738/2008, que prevê o reajuste anual do piso, em janeiro de cada ano, pelo reajuste anual do valor aluno. SE TIVESSEM A LIMINAR CONCEDIDA OS PROFESSORES DE TODOS OS ESTADOS DO BRASIL E DOS MAIS DE 5.500 MUNICÍPIOS BRASILEIROS ESTARIAM DEVENDO AOS ENTES DA FEDERAÇÃO, POIS O REAJUSTE PASSARIA A SER PELO INPC, RETROATIVO A 2009, CONFORME REQUERERAM OS GOVERNADORES, COMO O REAJUSTE DO PISO ATÉ AGORA FOI PELO VALOR ALUNO, BEM MAIOR QUE O INPC, TERIAM QUE DEVOLVER A DIFERENÇA E O REAJUSTE SERIA SEMPRE PELO INPC.
IMPORTANTE SALIENTAR, QUE ANTES DA LIMINAR SER NEGADA NA ADI 4848,NO ÚLTIMO DIA 13/11/2012, A CONFETAM (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Brasil - www.confetam.org.br) foi a primeira entidade a fazer a defesa do piso, na ADI 4848, como amicus curiae. DEPOIS A SEGUNDA ENTIDADE A FAZER A DEFESA FOI A FETAMCE (Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará - www.fetamce.org.br) defesas que tive a honra de assinar como advogado. Há novos amicus curiae, também defendendo a Lei do Piso.
Ministro Joaquim Barbosa Negou Liminar na ADI 4848 |
Abaixo, íntegra do acórdão, decisão do Ministro, monocrática (só ele decidiu sem ouvir os demais ministros do STF), comentada em letras vermelhas, para que possa melhor ser entendida:
Acórdão negando liminar na ADI 4848
MEDIDA
CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.848 DISTRITO FEDERAL
DECISÃO: Trata-se de ação
direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida liminar, ajuizada pelos
Governadores dos Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do
Sul, Roraima e Santa Catarina contra o art. 5º, par. ún., da Lei 11.738/2008.
O texto impugnado tem a seguinte redação:
Art. 5º. O piso salarial profissional nacional do magistério público da
educação básica será
atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.
Parágrafo único. A
atualização de que trata o caput deste artigo
será calculada utilizando-se
o mesmo percentual
de crescimento do valor
anual mínimo por
aluno referente aos anos iniciais
do ensino fundamental
urbano, definido nacionalmente,
nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.
Em síntese, os requerentes entendem que a União não lhes poderia impor
índice nacional de correção monetária dos vencimentos devidos aos respectivos
professores do ensino básico, pois:
a) O índice de atualização deve ser estabelecido por lei, segundo
o princípio da simetria, dado que o próprio piso é definido em lei formal (art.
206, VIII da Constituição e art. 60, III, e do ADCT);
b) Somente os Poderes Executivo e Legislativo estaduais têm competência
para autorizar dispêndios, por meio da lei orçamentária anual
e, portanto, não
podem ser obrigados
a realizar pagamentos por força de lei federal (arts. 37, caput e X, XIII,
61, I, a, 165, III e 169, § 1º, I e II da Constituição);
c) É vedada qualquer tipo de vinculação dos vencimentos de
servidor público, inclusive de correção (art. 37, XIII e Súmula 681/STF).
Quanto ao periculum in mora, os requerentes afirmam que a adoção do índice
estabelecido pela União
implicará a ruína
financeira dos Estados e dos
Municípios.
Ante o exposto,
pede-se a concessão
de medida liminar
para suspender a exigibilidade do texto impugnado e, no mérito, a
declaração de sua inconstitucionalidade. Subsidiariamente, pede-se
que se dê interpretação conforme ao texto para
limitar sua aplicação à União.
É o relatório.
COMENTÁRIO: Até o parágrafo acima, apesar de fazer parte do acórdão, da decisão, que negou a liminar aos 06 governadores, tem-se apenas o relatório da decisão, onde o Ministro resume tudo que foi requerido pelos governadores. Só após o relatório é que vem a decisão devidamente fundamentada. O que se encontra abaixo, também comentado em letras vermelhas,
Decido o pedido
de medida liminar,
em caráter extraordinário, devido ao alegado risco
apontado e à improvável perspectiva de exame da medida pelo Colegiado até o
início do recesso (cf., e.g., a ADC 27 , rel. min. Marco Aurélio, DJ e de
07.11.2012). Sem me comprometer com as teses de fundo, considero ausentes os requisitos
que ensejariam a concessão da medida cautelar pleiteada.
COMENTÁRIO: A decisão é em caráter extraordinária porque geralmente é fruto da decisão de todo os Ministros do STF reunidos no pleno, mas como os governadores disseram que quebrariam, o Ministro extraordinariamente, decidiu sozinho. Sem ouvir os demais ministros. O que se chama de decisão monocrática, que é legal, pois prevista em lei.
Observo que a
constitucionalidade da Lei
11.738/2008 já foi questionada em outra ação direta,
oportunidade em que a validade de seus
principais dispositivos restou confirmada.
COMENTÁRIO: O Ministro afirma que os dispositivos questionados na ADI 4167, que tem como autores os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná e Ceará, A LEI DO PISO FORA DECLARADA CONSTITUCIONAL, embora tenham recorrido. Transcrevendo parte da decisão, conforme abaixo:
Referido precedente foi assim ementado:
“Ementa:
CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA.
PISO NACIONAL PARA OS
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO
DE PISO: VENCIMENTO
OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS
FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA
DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO
TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM 1/3 DA JORNADA.
ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E
III E 8º,
TODOS DA LEI
11.738/2008. CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.
1. Perda parcial
do objeto desta
ação direta de inconstitucionalidade, na
medida em que o cronograma
de aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação
básica se exauriu (arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008).
2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos
professores do ensino
médio com base
no vencimento, e não
na remuneração global.
Competência da União para
dispor sobre normas
gerais relativas ao
piso de vencimento dos
professores da educação
básica, de modo a
utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização
profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo
de 1/3 da carga horária dos
docentes da educação básica para
dedicação às atividades extraclasse. Ação
direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto
declarada em relação aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008.” (ADI 4.167, rel.
min. Joaquim Barbosa, Pleno, DJe de 24.08.2011).
Já naquela oportunidade
os requerentes poderiam
ter arguido a inconstitucionalidade do
mecanismo de reajuste
do piso nacional
dos professores da educação
básica. Porém, não
o fizeram. Essa
omissão sugere a pouca importância do questionamento ou a pouco ou
nenhuma densidade dos argumentos em prol da incompatibilidade constitucional do
texto impugnado, de forma a afastar o periculum in mora.
COMENTÁRIO: No parágrafo acima, de sua decisão, que negou a liminar, o Ministro Joaquim Barbosa alega que não é verdade que se não suspender o reajuste pelo valor aluno, Estados e Municípíos quebrarão, pois não teriam recursos. SE FOSSE UM DISPOSITIVO TÃO PERIGOSO ELES TERIAM QUESTIONADO NA PRIMEIRA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, NA ADI 4167, há 04 anos atrás, se não o fizeram, Estados e Municípios, foi porque tal dispositivo não tinha importância nem naquela época, tampouco agora. Há um ditado em direito que diz que o Direito não socorre os que dormem. LOGO SENDO ASSIM, FALTA UM DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA LIMINAR, QUE SERIA O PERIGO DA DEMORA DA DECISÃO, caso não fosse dada agora pelo Ministro, que a negou. TEM-SE MAIS VITÓRIA DOS PROFESSORES DADA PELA JUSTIÇA!
Ademais, como a Lei 11.738/2008 prevê que a União está obrigada a complementar
os recursos locais para atendimento do novo padrão de vencimentos, toda e
qualquer alegação de risco pressuporia prova de que o Governo
Federal estaria a
colocar obstáculos indevidos
à legítima pretensão dos entes
federados a receber
o auxílio proveniente
dos tributos pagos pelos contribuintes de toda a Federação.
Sem a prova
de hipotéticos embaraços
por parte da
União, a pretensão dos
requerentes equivale à supressão prematura dos estágios administrativo e
político previstos pelo
próprio ordenamento jurídico para correção dos deficits
apontados. Noutro dizer, há a judicialização litigiosa precoce da
questão.
COMENTÁRIO: Os dois parágrafos acima têm uma tese muito interessante e sábia: Ora, diz o Ministro, a própria lei do Piso, em seu artigo 4º e parágrafos, impõe que os Estados e Municípios, que não possam cumprir o pagamento do piso por falta de capacidade orçamentária, têm o direito de pedir a complementação da União, que tem o dever de colaborar tecnicamente e complementar os recursos. PORÉM OS 06 GOVERNADORES NÃO PEDIRAM COMPLEMENTAÇÃO À UNIÃO E SE TIVESSEM PEDIDO, PRIMEIRO TERIAM QUE ESPERAR A NEGAÇÃO DA UNIÃO, AÍ SIM, COM TAL PROVA, PODERIAM AJUIZAR A ADI 4848. AJUIZAR SEM GARANTIA DE QUE SUA AÇÃO SERIA JULGADA PROCEDENTE. Ao ajuizar a ADi sem qualquer prova de que não podem cumprir a Lei do Piso, sem juntar a prova que requereram complementação à União e sem prova, que uma vez requerida a complementação, a União a negou, OS GOVERNADORES TÊM UMA TESE VAZIA, SEM PROVAS, SEM SUBSTÂNCIA, BASEADA EM TEORIAS SOLTAS, DESPROVIDAS DE PROVA MATERIAL DE SUA INCAPACIDADE ECONÔMICA E ORÇAMENTÁRIA. Até porque sempre que provarem incapacidade para cumprir a Lei do Piso, a União complementará, não sendo verdade que algum ente, Estado ou Município, terá que se sacrificar, pois tão logo falte recurso, a União deve complementar. TAL TESE FULMINA UMA DAS COLUNAS DAS ALEGAÇÕES DOS 06 GOVERNADORES, QUE MAIS QUE CONTESTADOS, SÃO DESMENTIDOS, DESMASCARADOS, MOSTRANDO QUE MENTIRA TEM PERNAS CURTAS.
Por outro lado, e novamente reservando-me o direito de analisar com maior
profundidade os argumentos
apresentados, também falta densa probabilidade às teses
arregimentadas pelos requerentes.
COMENTÁRIO: O Ministro deixa claro, que analisará tudo com mais profundidade no julgamento final, que todos devem ficar atentos, sobretudo o movimento sindical, que deve encher o pleno do STF no dia do julgamento. Sobretudo os amicus curiae, pois tanto a União, como o Congresso Nacional, não têm demonstrado muito interesse em proteger a lei do piso e sua implementação. Tem sido fraca a atuação da Advocacia Geral da União (AGU). DE parabéns mesmo pela defesa da Lei do Piso está a Procuradoria Geral da República, que é o Ministério Público Federal.
COMENTÁRIO: O Ministro deixa claro, que analisará tudo com mais profundidade no julgamento final, que todos devem ficar atentos, sobretudo o movimento sindical, que deve encher o pleno do STF no dia do julgamento. Sobretudo os amicus curiae, pois tanto a União, como o Congresso Nacional, não têm demonstrado muito interesse em proteger a lei do piso e sua implementação. Tem sido fraca a atuação da Advocacia Geral da União (AGU). DE parabéns mesmo pela defesa da Lei do Piso está a Procuradoria Geral da República, que é o Ministério Público Federal.
Inicialmente, observo que esta Suprema Corte já firmou precedentes
no sentido da compatibilidade constitucional da definição do método de cálculo de
índices de correção monetária por atos infraordinários (RE 582.461-RG, rel.
min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe de 18.08.2011).
Em relação à
competência do Chefe
do Executivo para
propor dispêndios, e do Legislativo para os autorizar, é necessário
distinguir os gastos obrigatórios dos
gastos discricionários, típicos
das decisões políticas. Em nenhum ponto a Constituição de 1988
autoriza os entes federados a
deixar de prever
em suas leis
orçamentárias gastos obrigatórios,
determinados pelo próprio Sistema Jurídico pátrio (e.g., art. 100, § 5º da
Constituição).
COMENTÁRIO: Nesse ponto, o Ministro adentra um pouco no mérito da tese dos governadores, mas sem muito analisar. Deixando, mesmo assim, claro que cumprir a lei do piso, conforme indexador no artigo 5º, não é ato que deixe o governante livre, ele está obrigado a cumprir a lei e devendo prever tal pagamento no orçamento, como tem sido desde 2009. REDUZINDO A PÓ A TESE DOS GOVERNADORES QUE CUMPRIR A LEI DO PISO TEM LEVADO A FAZER PAGAMENTOS DE VALORES QUE NÃO SÃO PREVISTOS EM ORÇAMENTO. ISTO É, MAIS UMA VEZ, A TESE DOS GOVERNADORES E PREFEITOS NÃO SÃO VERDADEIRAS. A LEI DO PISO NÃO OS FAZ VIOLAR O DEVER DE PREVÊ AS DESPESAS COM FOLHA DE PAGAMENTO COM PROFESSORES EM LEIS ORÇAMENTÁRIAS. ATÉ PORQUE O DECURSO DO TEMPO OS DESMENTEM, POIS DESDE 2009 QUE PAGAM O PISO, MESMO VIOLANDO EM PARTE TAL DIREITO, PREVENDO EM SEUS ORÇAMENTOS.
COMENTÁRIO: Nesse ponto, o Ministro adentra um pouco no mérito da tese dos governadores, mas sem muito analisar. Deixando, mesmo assim, claro que cumprir a lei do piso, conforme indexador no artigo 5º, não é ato que deixe o governante livre, ele está obrigado a cumprir a lei e devendo prever tal pagamento no orçamento, como tem sido desde 2009. REDUZINDO A PÓ A TESE DOS GOVERNADORES QUE CUMPRIR A LEI DO PISO TEM LEVADO A FAZER PAGAMENTOS DE VALORES QUE NÃO SÃO PREVISTOS EM ORÇAMENTO. ISTO É, MAIS UMA VEZ, A TESE DOS GOVERNADORES E PREFEITOS NÃO SÃO VERDADEIRAS. A LEI DO PISO NÃO OS FAZ VIOLAR O DEVER DE PREVÊ AS DESPESAS COM FOLHA DE PAGAMENTO COM PROFESSORES EM LEIS ORÇAMENTÁRIAS. ATÉ PORQUE O DECURSO DO TEMPO OS DESMENTEM, POIS DESDE 2009 QUE PAGAM O PISO, MESMO VIOLANDO EM PARTE TAL DIREITO, PREVENDO EM SEUS ORÇAMENTOS.
E, conforme decidiu esta Suprema Corte, é obrigatório o respeito
ao piso nacional dos
professores pelos estados-membros, pelo
Distrito Federal e pelos municípios que compõem esta Federação (ADI
4.167).
COMENTÁRIO: Aqui reafirma a constitucionalidade da Lei do Piso, declarada na ADI 4167, ENTÃO MANDA QUE ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL OBEDEÇAM. É ORDEM: OBEDEÇAM! NÃO É SUGESTÃO! VIOLAR A LEI DO PISO É VIOLAR LEI E DECISÃO DO STF. Mas muitos prefeitos e governadores fingem que não sabem disso, é o caso do Governador do Amapá e alguns municípios de Santa Catarina, como Cocal do Sul, Siderópolis... que ignoram e piso tanto na Lei quanto na decisão do STF, enquanto os promotores locais nada fazem, vendo tudo de camarote.
COMENTÁRIO: Aqui reafirma a constitucionalidade da Lei do Piso, declarada na ADI 4167, ENTÃO MANDA QUE ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL OBEDEÇAM. É ORDEM: OBEDEÇAM! NÃO É SUGESTÃO! VIOLAR A LEI DO PISO É VIOLAR LEI E DECISÃO DO STF. Mas muitos prefeitos e governadores fingem que não sabem disso, é o caso do Governador do Amapá e alguns municípios de Santa Catarina, como Cocal do Sul, Siderópolis... que ignoram e piso tanto na Lei quanto na decisão do STF, enquanto os promotores locais nada fazem, vendo tudo de camarote.
Por fim, quanto à vedada vinculação do reajuste da remuneração, o perfeito
entendimento sobre a matéria depende de instrução mais ampla e profunda. Neste
momento de exame inicial, próprio das medidas de urgência, parece
relevante o risco
inverso posto pela
pretensão dos requerentes. Se não
houver a obrigatoriedade de revisão periódica dos valores, a
função do piso
nacional poderia ser
artificialmente comprometida
pela simples omissão
dos entes federados.
Essa perda continuada de
valor forçaria o
Congresso Nacional a
intervir periodicamente para reequilibrar as expectativas.
COMENTÁRIO: Tal parágrafo do acórdão declara que a vinculação do reajuste do piso ao valor aluno merece maior análise se é ou não constitucional e que os governadores nada provaram quanto a ser inconstitucional. DECLARA QUE RISCO EXISTE NÃO É EM NEGAR A LIMINAR, MAS HÁ RISCO SE A LIMINAR FOSSE CONCEDIDA, COLOCANDO A MANUTENÇÃO DA LEI DO PISO À FRENTE DA TESE DE MISÉRIA DOS GOVERNADORES, AINDA REFORÇA DECLARANDO QUE SEM A REVISÃO ANUAL, CONTIDA NO ATACADO ARTIGO 5º E PARÁGRAFO, A PRÓPRIA FUNÇÃO DO PISO, QUE É VALORIZAR OS PROFESSORES E MANTER O PISO COMO MOTIVAÇÃO PARA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, ESTARIAM COMPROMETIDAS. POIS BASTARIA OS GOVERNADORES SE OMITIREM EM ATUALIZAR O PISO ANUALMENTE, PARA QUE ELE FICASSE DEFASADO. Aqui o Ministro adentra no mérito, indo além da simples análise da criminosa e cruel liminar requerida. ALÉM DE DEMONSTRAR NÃO SER CONFIÁVEL TRANSFERIR O PODER PARA REAJUSTAR E MANTER O VALOR DO PISO PARA PREFEITOS E GOVERNADORES!
COMENTÁRIO: Tal parágrafo do acórdão declara que a vinculação do reajuste do piso ao valor aluno merece maior análise se é ou não constitucional e que os governadores nada provaram quanto a ser inconstitucional. DECLARA QUE RISCO EXISTE NÃO É EM NEGAR A LIMINAR, MAS HÁ RISCO SE A LIMINAR FOSSE CONCEDIDA, COLOCANDO A MANUTENÇÃO DA LEI DO PISO À FRENTE DA TESE DE MISÉRIA DOS GOVERNADORES, AINDA REFORÇA DECLARANDO QUE SEM A REVISÃO ANUAL, CONTIDA NO ATACADO ARTIGO 5º E PARÁGRAFO, A PRÓPRIA FUNÇÃO DO PISO, QUE É VALORIZAR OS PROFESSORES E MANTER O PISO COMO MOTIVAÇÃO PARA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, ESTARIAM COMPROMETIDAS. POIS BASTARIA OS GOVERNADORES SE OMITIREM EM ATUALIZAR O PISO ANUALMENTE, PARA QUE ELE FICASSE DEFASADO. Aqui o Ministro adentra no mérito, indo além da simples análise da criminosa e cruel liminar requerida. ALÉM DE DEMONSTRAR NÃO SER CONFIÁVEL TRANSFERIR O PODER PARA REAJUSTAR E MANTER O VALOR DO PISO PARA PREFEITOS E GOVERNADORES!
Ante o exposto,
indefiro o pedido
para concessão da
medida liminar pleiteada.
COMENTÁRIO: No parágrafo acima, de uma linha apenas, há a frase mágica que protege e mantém a lei do piso: " INDEFIRO O PEDIDO PARA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR".
COMENTÁRIO: No parágrafo acima, de uma linha apenas, há a frase mágica que protege e mantém a lei do piso: " INDEFIRO O PEDIDO PARA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR".
Solicitem-se informações definitivas à Presidência da República e
ao Congresso Nacional. Após,
abra-se sucessivamente vista
dos autos ao advogado-geral da União e ao
procurador-geral da República.
Publique-se. Int..
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministro JOAQUIM BARBOSA
Relator
Servidores Municipais de Todo o Estado do Ceará - Caminham em defesa da Lei do Piso nas ruas de Fortaleza Evento Capitaneado pela FETAMCE |
CONCLUSÃO: Com esta vitória deve a luta voltar-se agora para o Congresso Nacional , onde há duas ameaças ao artigo 5º da lei do Piso:
1) O Projeto de Lei 3776, que busca mudar o indexador do artigo 5º da Lei do Piso para o INPC, não pode ser votado pelo plenário e
2) O Projeto de Lei articulado pela CNTE e Comissão de Educação, para alterar o artigo 5º da Lei do Piso, prevendo reajuste pelo INPC + 50% do reajuste do valor aluno, que é o PL 3776 melhorado e o artigo 5º da Lei do Piso piorado.
TAIS PROJETOS NÃO DEVEM IR AVANTE. DEVEM PERMANECER ONDE ESTÃO, PARA GARANTIR O INTEGRAL REAJUSTE DO VALOR DO PISO EM 2013, PELO VALOR ALUNO, CONFORME ATUAL ARTIGO 5º DA LEI DO PISO, MANTIDO PELA DECISÃO DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA. Por que alterar um direito que o STF acabou de declarar constitucional ao negar liminar aos governadores, que não podem ser premiado por estas duas ameaças nacionais que pairam no ar???
SÓ FALTA MAIS UM MÊS. NÃO SE MEXENDO NA LEI DO PISO ATÉ FINAL DE DEZEMBRO DE 2012, RESTARÁ GARANTIDO O REAJUSTE INTEGRAL PELO VALOR ALUNO. EIS ENTÃO A BANDEIRA QUE DEVE SER DEFENDIDA PELO MOVIMENTO SINDICAL E TODOS OS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS. QUE TERÃO O QUE COMEMORAR NO NATAL SE NÃO FOREM ATRAIÇOADOS, POIS O STF JÁ PROTEGEU SEU DIREITO AO MENOS ATÉ 2013! FALTAM AOS DEMAIS ATORES SOCIAIS FAZEREM A SUA PARTE!
COMPREENDA MELHOR O QUE É A ADI 4848, A TESE DOS GOVERNADORES E A DEFESA DA CONFETAM E DA FETAMCE, VENDO O VÍDEO ABAIXO:
SE GOSTAR, COMENTE E COMPARTILHE A PRESENTE MATÉRIA!
COMPREENDA MELHOR O QUE É A ADI 4848, A TESE DOS GOVERNADORES E A DEFESA DA CONFETAM E DA FETAMCE, VENDO O VÍDEO ABAIXO:
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